sábado, 18 de abril de 2009

O que causa PEDRA NA BEXIGA

Os cálculos urinários a muito tempo causa sofrimento na população humana. Há quatro milênios antes de Cristo, passando pela Grécia e Roma antigas, os médicos já descreviam casos de cálculos.

Atualmente somente as doenças da próstata e infecções urinárias são mais freqüentes que os cálculos. Deve-se salientar que 12 % da população, algum dia irá apresentar um episódio de cálculo. A relação homem mulher é de quatro homens para cada mulher afetada, predominando na terceira e quarta décadas de vida.

Fatores geográficos certamente contribuem para o aparecimento de cálculos. Áreas de temperaturas elevadas e com grande umidade são predisponentes à formação de pedras, sendo observados muitos casos durante os meses quentes de verão devido ao maior grau de desidratação.

Durante o século XX, a incidência de calculopatia nos países europeus esteve diretamente relacionada com a situação política e econômica. No decorrer das Primeira e Segunda Guerras Mundiais, período em que houve queda de consumo de proteína animal, ocorreu uma diminuição das pessoas com cálculos renais. Isto nos faz pensar na forte ligação existente entre a formação de cálculos e a dieta. A ingestão excessiva de alguns alimentos pode provocar, ou acelerar, distúrbios pré-existentes no nosso organismo propiciando o desequilíbrio químico necessário para a formação destes cálculos. Por exemplo:

• Cálcio: o aumento de sua ingestão só deve ser controlado, em casos confirmados de pacientes com alta sensibilidade à ingestão de leite e derivados 
• Sódio: sal de cozinha deve ser restringido para aproximadamente 1 colher de chá por dia. 
• Proteínas: principalmente as de origem animal (carnes, peixes , aves, ovos, leite e derivados) apresentam um efeito agravante quanto à formação dos cálculos. 
• Ingestão de Líquidos: o aumento da ingestão de líquidos é provavelmente a orientação mais importante que deve ser dada para estes pacientes, pois somente esta medida sem a ação de medicamentos pode reduzir em 60% a incidência destes cálculos.

Embora não sejam conhecidos por completo os motivos pelos quais os cálculos urinários são formados, acredita-se que vários fatores possam estar envolvidos neste processo: super saturação urinária - situação em que há excesso de um ou mais elementos que compõem a urina facilitando a sua precipitação, diminuição dos inibidores urinários - substâncias existentes cuja função é impedir a cristalização de urinas super saturadas, matriz orgânica do cálculo - substâncias protéicas que servem como núcleo para a formação do cálculo sobre o qual se depositam cristais e retenção de cristais no trato urinário. Fatores genéticos também podem contribuir para o aumento da formação de cálculos, assim como algumas doenças como a GOTA.

A existência de pedras na bexiga, pode ocorrer por aumento da próstata, obstruindo parcialmente a saída de urina. Isto condiciona uma agregação de cristais e outros resíduos, que com o passar do tempo se transformam em cálculo. Uma outra causa seria condicionada pela impossibilidade do paciente eliminar uma pedra que teria descido dos rins.

O conselho médico para pessoas que tem cálculos urinários é o de beber 3 litros de água por dia e evitar ingestão em excesso de proteína animal, principalmente a da carne vermelha.

sábado, 4 de abril de 2009

Tratamento

Entre as várias formas de tratamento, destacamos:
A intervenção urgente está indicada em um paciente com o trato urinário superior obstruído e infectado, dor ou vômito que não melhora com tratamento clínico, urina ausente, ou obstrução importante de um rim único.
Nestes casos, está indicada a descompressão através de rápidos procedimentos cirúrgicos. Pode-se realizar uma derivação externa por nefrostomia, que é a introdução de um tubo fino através da pele chegando até o rim obstruído e dilatado; ou pode-se realizar uma derivação interna, passando um tubo internamente através da uretra e posicionando-o no ureter, mais precisamente entre o rim e a bexiga.
Passagem espontânea da pedra
Quando a cirurgia urgente não esta indicada, o médico necessita optar entre uma conduta expectante objetivando a passagem espontânea da pedra, ou uma intervenção cirúrgica eletiva. A possibilidade de uma eliminação espontânea da pedra diminui à medida que o tamanho da pedra aumenta. A maioria das pedras menores que 5 mm tendem a passar espontâneamente. Dois terços dos cálculos ureterais que passam espontâneamente são eliminados 4 semanas após o inicio dos sintomas. Uma pedra ureteral que não passou no período médio de 1 – 2 meses dificilmente será eliminada sem necessidade de uma intervenção. 
Alem disso, as pedras ureterais que continuam sintomáticas após 4 semanas apresentam uma taxa de complicação de 20 %, incluindo diminuição da função renal, infecção e estreitamento ureteral. Portanto, observação por até 4 semanas pode ser uma conduta aceitável se houver um seguimento adequado do paciente. Os pacientes devem ser instruídos a filtrar a urina e coletar qualquer pedra eliminada. Exames de imagem devem ser realizados para confirmar a eliminação do cálculo.
Já nos casos onde o seguimento adequado do paciente não e possível, ou naqueles onde a pedra não progrediu após 4 semanas, a intervenção cirúrgica esta indicada.

Diagnóstico da Pedra na Bexiga

Muitos dos cálculos são descobertos por acaso em um exame de imagem (Rx , Ultrasonografia ou Tomografia Computadorizada).
Porém, hoje em dia, o melhor exame de imagem para confirmar o diagnóstico de litíase urinária em um paciente com dor aguda na região lombar é a Tomografia Computadorizada (TC) helicoidal do abdomem e pélvis. Alem das vantagens de poder ser realizada rapidamente, inclusive nas pessoas alérgicas a contraste radiológico, e ser eficaz para pedras radiolucentes (isto é , que não aparecem nos exames de Rx simples), a TC pode ainda revelar outros problemas não urológicos, tais como apendicite, doença inflamatória pélvica, diverticulite, aneurisma da aorta abdominal e alguns tumores.
O exame de ultrasonografia também pode ser realizado, sendo o exame indicado para pacientes gestantes .

Sintomas da Pedra na Bexiga

Os sintomas da Pedra na Bexiga são os mais diversos. A pedra pode permanecer assintomática no rim por muitos anos, ou pode se soltar e descer pelo canal urinário. Uma pedra muito pequena pode ser eliminada sem causar muitos sintomas, mas as pedras maiores podem ficar presas no ureter, bexiga ou uretra, causando obstrução da urina , infecção e muita dor.
A apresentação clássica da pedra do rim é uma dor tipo cólica aguda e extremamente forte, geralmente iniciando na região lombar e irradiando para o abdomem e região inguinal . Quando a pedra desce para o ureter, a dor pode até localizar-se no abdomem e irradiar para o testículo no homem e vulva na mulher. Já quando a pedra aproxima-se da bexiga, a dor pode localizar-se na ponta da uretra, e a pessoa apresenta os sintomas de cistite, como ardor a micção, sensação de querer urinar freqüentemente e uma vontade urgente de passar urina. Além disso, podem surgir náuseas e vômitos, sangue na urina, e ainda febre e calafrios se houver infecção.

Saiba tudo sobre PEDRA NA BEXIGA

Em meio as inúmeras dores que acometem o ser humano, as causadas por pedras localizadas no sistema urinário ocupam o primeiro lugar em termos de intensidade.
A litíase do trato urinário (também chamada de cálculo ou pedra no rim, ureter e bexiga) é um problema extremamente comum, e estima-se que mais que 12 % da população formará uma pedra no decorrer da vida. 
Os cálculos urinários já afligem a humanidade há muito tempo. Pedras já foram encontradas em múmias egípcias, além de serem mencionadas em histórias da Babilônia e China antiga . Médicos da escola médica de Knidos, na Ásia Menor, descreveram a cólica renal ao redor do século cinco antes de Cristo. Em anos mais recentes, muito se têm descoberto sobre as pedras renais e do trato urinário, porém as complicações decorrentes deste problema ainda causam muito sofrimento.
A pedra renal é um material sólido que se forma no rim, proveniente de substâncias que são filtradas na urina. Podem ser pequenas como grãos de areia ou grandes como bolas de golfe, lisas ou cheia de pontas, e usualmente apresentam coloração amarela ou marrom.
A doença aparece principalmente entre os 30 e 50 anos, sendo que os homens apresentam uma maior incidência de pedras. Já entre os 18 a 25 anos, a incidência e´ a mesma entre homens e mulheres, e isto pode estar relacionado à opção por dietas tipo “fast-food” nesta faixa etária. Cinquenta por cento das pessoas que apresentam episódios recorrentes de pedras têm uma história familiar de litiase urinaria, e pessoas com esta história têm um risco 3 vezes maior de apresentar pedras. Pessoas sedentárias ou stressadas , assim como aquelas que ingerem uma dieta gordurosa e com alto conteúdo de proteína, apresentam uma predisposição a formar pedras.